Por que é importante ensinar crianças com autismo a falarem sobre o que sentem?

Muitas crianças com autismo têm dificuldade em entender e expressar o que estão sentindo. Isso pode parecer, por exemplo, quando elas estão chateadas, mas não conseguem dizer se estão tristes, com raiva ou frustradas. Ensinar essas crianças a nomearem os sentimentos — como dizer "estou triste", "estou bravo" ou "estou feliz" — é muito importante para o desenvolvimento emocional, para a comunicação e até mesmo para a segurança delas.

Quando uma criança não consegue mostrar claramente que está sentindo dor ou desconforto, pode ser difícil para os adultos entenderem e ajudarem. Isso pode colocar a saúde física da criança em risco. Além disso, quando a criança não sabe dizer como se sente, fica mais difícil para ela se beneficiar de terapias que usam essa habilidade para ajudá-la a lidar com a ansiedade, a frustração ou outras dificuldades.

Pesquisas mostram que é possível ensinar crianças com autismo a identificar e falar sobre seus sentimentos. Algumas estratégias envolvem o uso de vídeos ou brincadeiras para mostrar como as emoções aparecem em diferentes situações. Em outros casos, os profissionais ensinam a criança a falar sobre o que sente em vez de agir com gritos, choro ou agressividade. Com o tempo e a prática, muitas crianças conseguem aprender essas habilidades

Mais do que uma simples habilidade de linguagem, aprender a falar sobre sentimentos ajuda a criança a se sentir mais compreendida, a se comunicar melhor e a participar de forma mais segura e tranquila de diferentes momentos da vida. Além disso, ensinar essas habilidades é um gesto de cuidado e empatia — é garantir que a criança possa ser ouvida, respeitada e acolhida.

Esse tipo de trabalho também reforça o compromisso dos profissionais com o bem-estar emocional da criança e da família, como apontam novas propostas que valorizam práticas mais humanas e sensíveis dentro da terapia.

Referências

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